quarta-feira, março 28, 2007

CARPE DIEM

(...)
Uma hora mais tarde o sol já estava deitado e os meninos brincavam em pijamas-macacos chupando o rebuçado prometido. Lá fora o relógio de pedra descoloria-se de significado e fantasmava o jardim de adormecimento neutro. Aquele cair da tarde em chupos apressados de noite agonizava o correr da sua janela - para as crianças o tempo nada dizia independente do abrir ou fechar do sono. O que é fim de luz para uma criança, o que é quarta-feira para um miúdo, o que é véspera ou ontem para os pequenos? - Só o Natal e o dia de anos representam marcos da realidade cronológica no portanto de aí concretizarem um presente na mesa de bolos com velas indicativas. Há até calças de veludo, sapato de fivela, atacador desapertado e rendas confusas para entender rapaz ou rapariga.
(...)
Caranguejo
Ruben A.
(P.S.: Viver em paz e maravilhada - nostalgia mistica do eterno instante - alguém (me) entende? :P)

0 comentários: