Nos dias em que não sabe onde estacionar-se, a rapariga olha-se longamente ao espelho num exercício de descobertas. Nota coisas novas, diferentes: uma curva no rosto, um sinal no ombro, uma marca de unhas na barriga...
Às vezes acha-se bonita. Outras vezes, feia. E explora ambas as facetas até ao limite. Primeiro pinta os olhos realçando a cor do olhar, penteia o cabelo, veste-se de mil personagens. Depois faz caretas, torce a boca, desgrenha-se, esborrata a cara e sente uma irresistível vontade de ir para a rua exibir a horripilante figura que é capaz de extrair de si.
Ri-se. Ri-se muito. Acha-se tonta. Põe a música a tocar alto e canta.
Sente-se feliz por estar viva...
3 comentários:
Os devaneios femininos pelas quais passamos todas.
Hum... o estacionamento nunca teve este efeito em mim...
Quanto mais não seja fiquei a transpirar e feliz por ter evitado bater nos outros carros! ;
Acho que toda a gente adora fazer isso!
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