Ela não conseguia fazer nada muito bem, exepto faxinas. Limpava tudo eficazmente de fio a pavio sem deixar um grão de poeira. Ela era tranquilamente nada. Ao almoço, enquanto comia as uvas, perguntava-se se devia ou não engolir as grainhas. Não sabia. Nunca sabia nada, e não sabia quem lhe podia responder a esta e outras perguntas. Engolia sempre as grainhas. Muito mal não lhe faria. Era preciso não ter medo e ir frente, sempre.
Sempre.
6 comentários:
mto bom. cheio de interpretações
"o que não mata, engorda"...lol
[como o medo].
Ser "tranquilamente nada". Somos tantos. Mais difícil do que se julga.
:)) Obrigada, Mo.
Ainda não te resolveste a voltar ao blogue?
excepto penso eu de que :D
(tou em poisio a terra tá árida)
Eu costumo deitá-las fora...
Detesto trincá-las! São amargas...
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