segunda-feira, outubro 08, 2007

Dia-a-Dia

Ela não conseguia fazer nada muito bem, exepto faxinas. Limpava tudo eficazmente de fio a pavio sem deixar um grão de poeira. Ela era tranquilamente nada. Ao almoço, enquanto comia as uvas, perguntava-se se devia ou não engolir as grainhas. Não sabia. Nunca sabia nada, e não sabia quem lhe podia responder a esta e outras perguntas. Engolia sempre as grainhas. Muito mal não lhe faria. Era preciso não ter medo e ir frente, sempre.
Sempre.

6 comentários:

Mónica disse...

mto bom. cheio de interpretações

Lizzie disse...

"o que não mata, engorda"...lol

[como o medo].

Abssinto disse...

Ser "tranquilamente nada". Somos tantos. Mais difícil do que se julga.

Maria Ostra disse...

:)) Obrigada, Mo.
Ainda não te resolveste a voltar ao blogue?

Mónica disse...

excepto penso eu de que :D

(tou em poisio a terra tá árida)

Miss Alcor disse...

Eu costumo deitá-las fora...
Detesto trincá-las! São amargas...