terça-feira, outubro 24, 2006

Karin Altolaguirre

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Diz Mandrake:
Nada é tão intolerável para um homem quanto viver sem paixões, somos dominados por uma terrivel solidão, sentimo-nos desamparados e vazios.
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Mandrake - a Bíblia e a Bengala
Rubem Fonseca

1 comentários:

Anónimo disse...

Falando desta forma Zaratustra ria de si mesmo com melancolia e amargura.
“Que, Zaratustra! — disse — ainda queres cantar consolações ao mar?
Ai, Zaratustra! Louco rico de amor, ébrio de confiança! Mas assim foste sempre, sempre te abeiraste familiarmente de todas as coisas terríveis.
Querias acariciar todos os monstros. Um sopro de hálito quente, um tanto de branda velocidade nas garras e imediatamente estavas disposto a amar e a atrair.
O amor — o amor a qualquer coisa — basta-lhe viver — é o perigo do mais solitário. Na verdade, prestam-se ao riso a minha loucura e a minha modéstia no amor”.
Assim falava Zaratustra, e pôs-se a rir outra vez; mas então pensou nos amigos que deixara, e como se houvesse pecado contra eles em pensamento, se enfadou consigo mesmo pelos seus pensamentos. E assim o riso mudou-se em pranto: Zaratustra chorou amargamente de cólera e de ansiedade.