ERA UMA VEZ...

... uma bela adormecida.

Dormia, dormia, dormia que se fartava!

Não é que não trabalhasse, não é que não lesse, fosse ao cinema...

Ah pois, uma bela adormecida muito moderna e culta!

Mas dormia. Dormia em pé! Dormia na forma! Dormia...ou fazia que dormia.

Há pessoas assim, espertas que nem um alho!

Dormem com um olho aberto e outro fechado...

Quando menos se espera, ferram-nos o dente!!

(Eu não sei, acho que o concerto de Sérgio Godinho me está a inspirar...estou a lembrar-me de uma ou duas musiquinhas!)

Essa bela adormecida, um dia, apanhou um sapo!

Um sapo verruguento como só ele!
Mas era um sapo que desde logo a cativou.

Há coisas assim! Sem explicação.
Tinha a sua graça, o raio do sapo...um encanto qualquer!

Lançou-lhe um feitiço, encheu-o de beijos.

E o sapo ali ficou...ficou...ficou...

Cada vez mais verruguento.

Mas a bela adormecida... Fechava o olho... e ressonava, a fingida!

Um dia, eis que surge um dragão fêmea!

E já conhecia o sapo de ginjeira!

Vá-se lá perceber... não é que também tinha um fraco pelo raio do sapo?!

E o raio do sapo lá lhe correspondia.

Mas ali ficou... e ficou... E cruzava os dedos para que tudo se resolvesse!
A bela adormecida dormia...fazia que dormia...

O dragão fêmea soltava chama que fervia!

E o sapo... Oh, o sapo...

À espera, à espera... de ser conduzido...

Sujeito a criar verrugas ad vitam aeternam

ou a ser chamuscado!

Ou...

E eu é que sei?!

Eu cá nem engulo sapos!

(Isto de dormir poucas horas...acho que tem consequências irreversíveis! Saltou-me um parafuso... o último talvez!)