... - A Sharon Lipschutz disse que a deixaste sentar-se contigo no banco do piano - disse Sybil.
- A Sharon Lipschutz disse isso?
Sybil confirmou vivamente com a cabeça.
Ele largou os tornozelos dela, dobrou os braços e poisou o lado da cara no braço direito. "Bem - disse ele -, sabes como são estas coisas, Sybil. Eu estava ali sentado, a tocar. Tu não estavas por ali. E a Sharon veio ter comigo e sentou-se ao meu lado. Eu não a podia empurrar, não achas?"
- Podias.
- Oh, não. Não. Não podia fazer uma coisa dessas - disse o rapaz, - Mas vou dizer-te o que eu fiz.
- O que foi?
- Fiz de conta que eras tu.
Sybil baixou-se e começou a cavar na areia. "Vamos à água", disse ela.
- Está bem - disse o rapaz. - Acho que ainda arranjo tempo para isso.
- Da próxima vez, empurra-a - disse Sybil...
Peixe-Banana
J.D. Salinger
2 comentários:
Ui, ui ui, ui, ui!!!!!!
Fingir que era ela... Era empurrá-la,pois claro! Estes gajos nunca são assertivos...
:)
Ah ah ah ha!!!(pronto, tinha que gargalhar, o sorriso idiota não chegava)
"Uma agulha no palheiro", de leitura obrigat�ria para todos os devoradores de contos de alt�ssima qualidade.
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