sexta-feira, setembro 28, 2007

Uma carta para Rosa

Vives em superfície sem te aderires a nada, não confias em ideais, és como a maré: vais e vens. Existes apenas na cobardia, quieta, sem má-consciência...
Tu tens medo; o compromisso total num projecto apavora-te, receias ser destruida. Minha querida, viver é comprometermo-nos e destruirmo-nos a cada instante. Há que gastar possibilidades. Acreditar que se pode lamber a faca sem nos cortármos... Não, não é crença. É fé no deslumbramento. Há que nos deslumbrármos, não concordas?
Essa tua atitude blasé e esse teu ar negligé já estão um pouco demodé, minha querida...
Não, não sou o filósofo da candeia; também "AQUI" cheguei aos tropeções, empurrado por tudo aquilo que me toca: os livros, a música, os filmes, as experiências, as pessoas, as perdas...
Vá, tenta!
Tenta entregar-te totalmente a cada acto, aceitar o risco, a possibilidade de destruires-te... porque nada nos esgota, ninguém nos esgota. E cada destruição implica a possibilidade dum novo projecto, minha querida...Um novo começo...
Vá, tenta...

4 comentários:

Maga Ostrológica disse...

Ah pois é...

Mónica disse...

olha prókeudigo..

R. disse...

A Rosa poderia muito bem ser eu :p

kiss

un dress disse...

vá...lá...!!! l á.................